quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

POUCAS E NOVAS

Por sob o tapete

Por cima do muro

Por sobre o horizonte
[da testa

Oblíquo,de esgueira

Ainda te persigo

Mesmo que a razão

Já não queira.

Em faces bifrontes

De espelhos convexos

Sem sombra ou reflexo

Te assusto.

Abotoe a blusa e o pudor

Enquanto outra água

Sacia essa sede

Sozinha.

(Lázaro Antonio)
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Ante a lei da gravidade
Tens que dar baixa de tudo
No alvo da fatalidade
Ser veludo.

3 comentários:

Socorro Martiniano disse...

Assim, leio a poética do Lázaro, como sugere o título: Poucas e novas. A imaginação livre; mas uma imaginação que, embora despida de clamores idealistas, ainda é a suprema faculdade humana da cognição, para recriar a desordem da experiência na ordem da estética.

Anônimo disse...

Legal! Metáforas criativas!

Anônimo disse...

Legal! Metáforas criativas!