quinta-feira, 23 de julho de 2009

COISAS DAS ANTIGAS

MEU 1º micro-CONTO
Na hora de piscar pra ela,a poeira se levantou.
Matava cachorro a grito,e o grito,Cachorro,fincou-me em suas presas.

***
Topei,caí,sem meu consentimento
A pedra se me apresentou defronte
Ela teve agudo arrependimento
Foi-se chorando no éter do horizonte

(Lázaro Antonio)

ÚLTIMA MADRUGADA PRODUTIVA III

Microconto escrito no celular numa madrugada raivosa,e uns versos-bônus

"Temos cães que ficam de vista aberta,na esperança de conseguirem um lugar ao sol,e evitar
que a folha do abismo goteje no lombo outra agulha de dor."

Cães de vista aberta
Cílios em busca de pupilas
Meninas fiéis

LAPSO

Relâmpagos
Água de cal
Flash qualquer
Curto-circuito
de sonho

***
Sofro as consequências do efeito estufa,mas meu cérebro não reflete
os raios do sol,que o crânio não tem frestas...

***
Eu não piso em areia movediça
Pois se o eixo enferruja a roda enguiça
O bocejo é o sorriso da preguiça
Meu escudo e espada é para a liça
Gana não se confunde com cobiça
Nem tudo que provoca me atiça

(Lázaro Antonio)