Por sob o tapete
Por cima do muro
Por sobre o horizonte
[da testa
Oblíquo,de esgueira
Ainda te persigo
Mesmo que a razão
Já não queira.
Em faces bifrontes
De espelhos convexos
Sem sombra ou reflexo
Te assusto.
Abotoe a blusa e o pudor
Enquanto outra água
Sacia essa sede
Sozinha.
(Lázaro Antonio)
**************************************************************************
Ante a lei da gravidade
Tens que dar baixa de tudo
No alvo da fatalidade
Ser veludo.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
AMIGOS
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
(Oscar Wilde)
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
(Oscar Wilde)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
CULTURA INÚTIL DA BLOGOSFERA I
"Sabe aquele seu amigo que tem medo de fantasma? Se borra todo com qualquer brincadeira relacionada ao assunto… sabe? Ou aquela sua tia rica velha que tem medo de ser assaltada e anda com spray de pimenta na bolsa? Aceitavél até.. agora imagina seu avô ter Flatusfobia, que é o medo de soltar flatulências! Pois é, algumas fobias são tão estranhas e absurdas que certamente você nunca ouviu falar…
Aeronausifobia - medo de vomitar (quando viaja de avião).
Automatonofobia - medo de bonecos de ventríloquo
Cipridofobia, ciprifobia, ciprianofobia, ou ciprinofobia - medo de prostitutas ou doença venéreas
Cristãofobia, cristofobia ou cristianofobia - medo dos cristãos
Dextrofobia - medo de objetos do lado direito do corpo
Diabetofobia - medo de diabetes
Ereutrofobia - medo de ficar vermelho
Eretofobia - medo mórbido de sentir dor durante relações sexuais
Fobofobia - medo de fobias
Flatusfobia - medo de liberar flatulências
Geniofobia - medo de manter a cabeça erguida
Hamartofobia - medo de pecar (pecados)
Hobofobia - medo de bêbados ou mendigos
Hipopotomonstrosesquipedaliofobia - medo de palavras grandes
Isopterofobia - medo de cupins
Lachanophobia ou lachanofobia - medo de vegetais
Luefobia - medo de sífilis
Meteorofobia - medo de meteoros
Narigofobia - medo de narizes
Nipofobia - medo de japonês
Octofobia - medo do numero 8
Ripofobia - medo de defecar
Satanofobia - medo de satã (demônio)
Uranusfobia - medo do planeta Urano
Zelofobia - medo de ter fazer sexo
e isso tudo é verdade"
Aeronausifobia - medo de vomitar (quando viaja de avião).
Automatonofobia - medo de bonecos de ventríloquo
Cipridofobia, ciprifobia, ciprianofobia, ou ciprinofobia - medo de prostitutas ou doença venéreas
Cristãofobia, cristofobia ou cristianofobia - medo dos cristãos
Dextrofobia - medo de objetos do lado direito do corpo
Diabetofobia - medo de diabetes
Ereutrofobia - medo de ficar vermelho
Eretofobia - medo mórbido de sentir dor durante relações sexuais
Fobofobia - medo de fobias
Flatusfobia - medo de liberar flatulências
Geniofobia - medo de manter a cabeça erguida
Hamartofobia - medo de pecar (pecados)
Hobofobia - medo de bêbados ou mendigos
Hipopotomonstrosesquipedaliofobia - medo de palavras grandes
Isopterofobia - medo de cupins
Lachanophobia ou lachanofobia - medo de vegetais
Luefobia - medo de sífilis
Meteorofobia - medo de meteoros
Narigofobia - medo de narizes
Nipofobia - medo de japonês
Octofobia - medo do numero 8
Ripofobia - medo de defecar
Satanofobia - medo de satã (demônio)
Uranusfobia - medo do planeta Urano
Zelofobia - medo de ter fazer sexo
e isso tudo é verdade"
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
TERMÔMETRO
Depois que o contato expande
Que a pressão desliza em plumas
Expirar
Nossa fibra enlaça e pulsa
Faz-se efervescentemente
Como aspirina no copo
A crepitar.
Que a pressão desliza em plumas
Expirar
Nossa fibra enlaça e pulsa
Faz-se efervescentemente
Como aspirina no copo
A crepitar.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
SOBRE A TRANSIÇÃO DE MILSON
Pouco mais de um mês de convivência musical e amizade sincera com esse cara super gente boa,um músico completo...A vida tem dessas coisas,mas o aprendizado dessa convivência continua.Brigadão,parceiro,por tudo que você me proporcionou.
Fique na paz de Deus e nos sons que você ensinou a perceber com a alma...
Fique na paz de Deus e nos sons que você ensinou a perceber com a alma...
quinta-feira, 23 de julho de 2009
COISAS DAS ANTIGAS
MEU 1º micro-CONTO
Na hora de piscar pra ela,a poeira se levantou.Matava cachorro a grito,e o grito,Cachorro,fincou-me em suas presas.
***
Topei,caí,sem meu consentimento
A pedra se me apresentou defronte
Ela teve agudo arrependimento
Foi-se chorando no éter do horizonte
(Lázaro Antonio)
A pedra se me apresentou defronte
Ela teve agudo arrependimento
Foi-se chorando no éter do horizonte
(Lázaro Antonio)
ÚLTIMA MADRUGADA PRODUTIVA III
Microconto escrito no celular numa madrugada raivosa,e uns versos-bônus
"Temos cães que ficam de vista aberta,na esperança de conseguirem um lugar ao sol,e evitar
que a folha do abismo goteje no lombo outra agulha de dor."
Cães de vista aberta
Cílios em busca de pupilas
Meninas fiéis
LAPSO
Relâmpagos
Água de cal
Flash qualquer
Curto-circuito
de sonho
***
Sofro as consequências do efeito estufa,mas meu cérebro não reflete
os raios do sol,que o crânio não tem frestas...
***
Eu não piso em areia movediça
Pois se o eixo enferruja a roda enguiça
O bocejo é o sorriso da preguiça
Meu escudo e espada é para a liça
Gana não se confunde com cobiça
Nem tudo que provoca me atiça
(Lázaro Antonio)
"Temos cães que ficam de vista aberta,na esperança de conseguirem um lugar ao sol,e evitar
que a folha do abismo goteje no lombo outra agulha de dor."
Cães de vista aberta
Cílios em busca de pupilas
Meninas fiéis
LAPSO
Relâmpagos
Água de cal
Flash qualquer
Curto-circuito
de sonho
***
Sofro as consequências do efeito estufa,mas meu cérebro não reflete
os raios do sol,que o crânio não tem frestas...
***
Eu não piso em areia movediça
Pois se o eixo enferruja a roda enguiça
O bocejo é o sorriso da preguiça
Meu escudo e espada é para a liça
Gana não se confunde com cobiça
Nem tudo que provoca me atiça
(Lázaro Antonio)
terça-feira, 30 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
CLICK
É sestro antigo.Sempre que eu falo pra alguém de algo que vou fazer,ou participar...nada feito.Não é porque eu seja sem palavra,não,é que simplesmente aparece diante de meus olhos aquele acontecimento,luzes câmeras e atenções voltadas para mim [ou não,que falo empolgado do futuro como se fosse ao vivo.Mas aí,com meus botões,depois vejo circunstâncias minhas ou de fora que mandam pra gaveta (ou pro baú) aquele casulo de realidade.
Aí sinto aquelas 'vozinhas' murmurando:"-Pô velho,tu não dá uma dentro,hein?","cheguei tão perto...","todos foram,essa hora tão curtindo e eu que devia 'tá lá tô aqui pensando em besteira...","...e se tivesse dado certo?","...e se" isso e aquilo outro,"...e se"fulano,etc,pra tentar escapar da frustração.
Chego ao cúmulo de estranhar quando tudo vai pelos conformes.Nessas ocasiões falo pouco ou nada;aí a Natureza me respeita.Sei muito bem contar histórias,notícias e os dedos das mãos,mas vejo que sou péssimo em previsões.Por isso,de agora em diante vou admitir a possibilidade de que a galinha possa ser atropelada quando atravessar a rua,antes de fritar minha omelete.
(Lázaro Antonio)
Aí sinto aquelas 'vozinhas' murmurando:"-Pô velho,tu não dá uma dentro,hein?","cheguei tão perto...","todos foram,essa hora tão curtindo e eu que devia 'tá lá tô aqui pensando em besteira...","...e se tivesse dado certo?","...e se" isso e aquilo outro,"...e se"fulano,etc,pra tentar escapar da frustração.
Chego ao cúmulo de estranhar quando tudo vai pelos conformes.Nessas ocasiões falo pouco ou nada;aí a Natureza me respeita.Sei muito bem contar histórias,notícias e os dedos das mãos,mas vejo que sou péssimo em previsões.Por isso,de agora em diante vou admitir a possibilidade de que a galinha possa ser atropelada quando atravessar a rua,antes de fritar minha omelete.
(Lázaro Antonio)
sábado, 20 de junho de 2009
AMORTÉDIO
Para o tédio
Não há remédio
Não adianta
Pular do prédio.
Para o amor
Há um caminho
Rua de rosas
Carros de espinhos.
(Lázaro Antonio)
Não há remédio
Não adianta
Pular do prédio.
Para o amor
Há um caminho
Rua de rosas
Carros de espinhos.
(Lázaro Antonio)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
SOFISTICAÇÃO
Ó tempos modernos!Ó,contemporaneidade!Por que me trazes consigo?Se as priscas e jubilosas eras de antanho fossem perceptíveis aos vossos olhos cerrados pela neblina,retificar-se-ia vosso curso na marcha dos acontecimentos.Mas a linha de que sois feita,cuja visão pregressa de onde viestes e cujo horizonte por colimar vos são desprezíveis,tornou-nos e mantém a nós todos títeres absolutos da conjuntura que dispusestes,a permear tudo em derredor,como um círculo.
De tal sorte que,mediante uma dádiva a mim outorgada,ao me constatar manipulado por forças arbitrárias e desconhecidas,rompi as veias mentais relacionadas ao passado com as grilhetas mais hodiernas possíveis,no afã de adentrar no contexto .
Com texto não se faz discursos,mas sim com palavras.
(Pompeu Pontes)
De tal sorte que,mediante uma dádiva a mim outorgada,ao me constatar manipulado por forças arbitrárias e desconhecidas,rompi as veias mentais relacionadas ao passado com as grilhetas mais hodiernas possíveis,no afã de adentrar no contexto .
Com texto não se faz discursos,mas sim com palavras.
(Pompeu Pontes)
quinta-feira, 11 de junho de 2009
REBUSCOISAS
Lúcido e lúdico,tépido ou fétido,sem nenhum débito para quitar
Plácido ou ácido,indômito inédito,de súbito súdito ele já não é
Tácito cético,incógnito histérico,artífice homérico,hoje,de si
Certeza dúbia,língua de plágio,que frágil trapézio se teima em subir
Político ilícito,pária da pátria,em palácio esplêndido a se exibir
Máfia da cópia,idéia que vende,geléia que rende,pasta de juá
Épica época opaca e pouca correria rouca para acompanhar
A gleba globalizada com seus blogs não se acoplam em meu globo ocular...
(Lázaro Antonio)
Plácido ou ácido,indômito inédito,de súbito súdito ele já não é
Tácito cético,incógnito histérico,artífice homérico,hoje,de si
Certeza dúbia,língua de plágio,que frágil trapézio se teima em subir
Político ilícito,pária da pátria,em palácio esplêndido a se exibir
Máfia da cópia,idéia que vende,geléia que rende,pasta de juá
Épica época opaca e pouca correria rouca para acompanhar
A gleba globalizada com seus blogs não se acoplam em meu globo ocular...
(Lázaro Antonio)
No labirinto retilíneo de se descrever
Rascunhos dos cacos de um vaso que nunca caiu
Espremo o pano encharcado do que ouvi dizer
É tinta fresca a envelhecer neste barril
Lázaro Antonio
"Precisamos da disposição do guerreiro para todos os atos.Senão,ficamos fracos e feios.Não existe poder numa vida que não tenha essa disposição.Olhe para você.Tudo o perturba.É uma folha à mercê do vento,não existe poder em sua vida.O guerreiro,ao contrário,é um caçador.Calcula tudo.Isso é controle.Um guerreiro pode ser ferido,jamais ofendido."
(Carlos Castañeda.Do livro:Portas para o Infinito)
Rascunhos dos cacos de um vaso que nunca caiu
Espremo o pano encharcado do que ouvi dizer
É tinta fresca a envelhecer neste barril
Lázaro Antonio
"Precisamos da disposição do guerreiro para todos os atos.Senão,ficamos fracos e feios.Não existe poder numa vida que não tenha essa disposição.Olhe para você.Tudo o perturba.É uma folha à mercê do vento,não existe poder em sua vida.O guerreiro,ao contrário,é um caçador.Calcula tudo.Isso é controle.Um guerreiro pode ser ferido,jamais ofendido."
(Carlos Castañeda.Do livro:Portas para o Infinito)
sábado, 6 de junho de 2009
ÚLTIMA MADRUGADA PRODUTIVA-II
Aquele homem de aço
Inoxidável não é mais
Úmido sopro pra frente
Rachou-lhe os pés por detrás.
Ante a lei da gravidade
Só existe um caminho:
E o sentinela imortal
Sem torre caiu sozinho
Rodopiou,fez esforço
Mas o tumor deixou grosso
O sangue de antigamente
O chão recebe o impacto
Antes do pó, um intacto
Depois,provável semente
(Lázaro Antonio)
Inoxidável não é mais
Úmido sopro pra frente
Rachou-lhe os pés por detrás.
Ante a lei da gravidade
Só existe um caminho:
E o sentinela imortal
Sem torre caiu sozinho
Rodopiou,fez esforço
Mas o tumor deixou grosso
O sangue de antigamente
O chão recebe o impacto
Antes do pó, um intacto
Depois,provável semente
(Lázaro Antonio)
sábado, 21 de março de 2009
ESTOU PROCURANDO
Estou procurando
Aquilo que está debaixo do meu nariz
Tateando sem perceber,por um triz
O mais imperceptivelmente impossível
Estou procurando
Aquilo que acho que não acho
Na angústia da minha busca
Só o inesperado me consola
A resposta para minhas perguntas
Move minhas juntas para um lugar qualquer
Onde me encontro,no momento
É só o que quero saber.
Aquilo que está debaixo do meu nariz
Tateando sem perceber,por um triz
O mais imperceptivelmente impossível
Estou procurando
Aquilo que acho que não acho
Na angústia da minha busca
Só o inesperado me consola
A resposta para minhas perguntas
Move minhas juntas para um lugar qualquer
Onde me encontro,no momento
É só o que quero saber.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
ÚLTIMA MADRUGADA PRODUTIVA-I
Digo apenas de mim
O que se pode esperar
Dentro da órbita quem
trairá o sol?
Meu frio não é sereno
É medido
Qual terra sem dono
Invadido
Para queda livre eu vou
De onde,
Não
[importa é chegar
O que se pode esperar
Dentro da órbita quem
trairá o sol?
Meu frio não é sereno
É medido
Qual terra sem dono
Invadido
Para queda livre eu vou
De onde,
Não
[importa é chegar
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