Microconto escrito no celular numa madrugada raivosa,e uns versos-bônus
"Temos cães que ficam de vista aberta,na esperança de conseguirem um lugar ao sol,e evitar
que a folha do abismo goteje no lombo outra agulha de dor."
Cães de vista aberta
Cílios em busca de pupilas
Meninas fiéis
LAPSO
Relâmpagos
Água de cal
Flash qualquer
Curto-circuito
de sonho
***
Sofro as consequências do efeito estufa,mas meu cérebro não reflete
os raios do sol,que o crânio não tem frestas...
***
Eu não piso em areia movediça
Pois se o eixo enferruja a roda enguiça
O bocejo é o sorriso da preguiça
Meu escudo e espada é para a liça
Gana não se confunde com cobiça
Nem tudo que provoca me atiça
(Lázaro Antonio)
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3 comentários:
..."nem tudo que provoca me atiça". O poeta brinca com as palavras e a imaginação de quem permite ser atiçado.
Posso saber o que lhe atiça poeta?
Esse parte final do poema me lembrou literatura de cordel.Tá beleza demais
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